Oscilações de um tempo inoportuno

Pensando em um provável título para o meu livro inaugural (se é que ele existirá um dia, o que proponho é ir contra o natural) subitamente uma frase estranhamente familiar: “Oscilações de um tempo inoportuno”. O que essa particular intuição de algo a ser afirmado pode dizer-me no presente? Talvez o óbvio: o presente que experimento tem um sabor amargo na boca e por isso pensei no tempo: história. Essa da minha vida e dos que me rodeiam. Oscilações são desequilíbrios primários. Como a frase que li: viver é equilibrar-se no instável”. Equilibrar-se no limiar de uma catástrofe, me pergunto: será possível? O título parece ser um retrato legítimo de uma época pouco amistosa. Então é essa a decisão que tomo: escrever um livro com base em um título surgido quando estava olhando para fora da janela do ônibus voltando para casa? O que isso quer me dizer? Segundo um escritor judeu envolto a misticismos e histórias de mistério de seu povo da Polônia, Isaac Singer, em uma entrevista que vale a pena ser lida e relida, fala sobre suas convicções, o que aprendeu, suas opiniões certamente tem um fundo de verdade e devem ser levadas em conta, afinal, ele ganhou o prêmio Nobel de literatura. O que aprender: parece existir uma missão para cada obra criada, para cada livro escrito. Cada livro tem algo de essencial a ser revelado, se não para essa geração, para as posteriores, talvez as que irão existir um dia. Nada escorre no ralo sem ter feito a limpeza para qual estava designado, nada desaparece sem que tenha cumprido sua tarefa. Se a morte existe no corpo, ela não existe para as palavras escritas, essas prosseguirão nas mãos daqueles que famintos por idéias, as utilizarem, e assim, sonharão com um tempo já extinto, mas que o passado não conseguiu dissolver por completo. Uma escritora por quem tenho predileção especial, pensou que escrevia para salvar a vida de alguém. Não acho que esse pensamento seja desconcertante, o acho totalmente verossímil, tenho certeza que seus escritos salvaram muitas pessoas, inclusive a minha. Em um artigo que li, o escritor dizia que quem escreve troca a vida pelas palavras. Concordo plenamente com ele: há vida nas palavras pois elas retratam o mundo e fazem interpretações sobre ele, fazem um retrato que dá sentido a experiências que se não impressas, voam para um tempo distante e se perdem no infinito.
Singer, esse escritor que descobri de forma que pareceu ocasional, mas não foi. Um livro que quero ansiosamente. Entrar na cultura judaica parece ser um objetivo claro para mim. Quero conhecê-la mais a fundo, esse povo parece ter muito a dizer. Singer fala que temos que tomar decisões. Mas não apenas toma-las mas mantê-las. Nunca devemos relaxar ou deixar de tentar, se não mantermos nossas decisões, não seremos bem sucedidos. Isso me pareceu de um valor inestimável. È necessário levar a sério nossas decisões. Ele fala sobre o fantástico no viver, no mistério que envolve toda a humanidade, porém se diz mais pessimista do que otimista. Ele acredita mais em Deus do que na humanidade, mas já que uma parte da humanidade parece pertencer a Deus, ele acredita na humanidade. Acredito em seu pensamento. Ele disse que se quisermos fazer bem para a humanidade, precisamos ser mais fortes do que as nossas emoções. È como se elas fossem as culpadas de nossas instabilidades, que conquistando-as podemos ser mais equilibrados. Mas isso poderia levar também a perda do poder de nos apaixonarmos. A verdade é que tudo no mundo é arriscado, viver é arriscado, então vamos ao menos tentar. Deus está por trás de tudo, existe o livre arbítrio, mas também existe o destino. Os dois andam juntos, e Deus é esse famoso escritor escrevendo a história de nossas vidas, conduzindo-as a um desfecho, a um significado que não morre, nem fenece, um significado eterno.
Singer, esse escritor que descobri de forma que pareceu ocasional, mas não foi. Um livro que quero ansiosamente. Entrar na cultura judaica parece ser um objetivo claro para mim. Quero conhecê-la mais a fundo, esse povo parece ter muito a dizer. Singer fala que temos que tomar decisões. Mas não apenas toma-las mas mantê-las. Nunca devemos relaxar ou deixar de tentar, se não mantermos nossas decisões, não seremos bem sucedidos. Isso me pareceu de um valor inestimável. È necessário levar a sério nossas decisões. Ele fala sobre o fantástico no viver, no mistério que envolve toda a humanidade, porém se diz mais pessimista do que otimista. Ele acredita mais em Deus do que na humanidade, mas já que uma parte da humanidade parece pertencer a Deus, ele acredita na humanidade. Acredito em seu pensamento. Ele disse que se quisermos fazer bem para a humanidade, precisamos ser mais fortes do que as nossas emoções. È como se elas fossem as culpadas de nossas instabilidades, que conquistando-as podemos ser mais equilibrados. Mas isso poderia levar também a perda do poder de nos apaixonarmos. A verdade é que tudo no mundo é arriscado, viver é arriscado, então vamos ao menos tentar. Deus está por trás de tudo, existe o livre arbítrio, mas também existe o destino. Os dois andam juntos, e Deus é esse famoso escritor escrevendo a história de nossas vidas, conduzindo-as a um desfecho, a um significado que não morre, nem fenece, um significado eterno.
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