Coreografia de sons

A dança tem espaço privilegiado no que chamo de “meu gosto pelas artes”. Nesse espetáculo em particular, coreografia de sons, o grupo Quasar surpreende o público dançando ao som de músicas regionais nordestinas, além de “incorporar” falas de personagens que fazem parte dessa cultura riquíssima. Os dançarinos como que sugam do ar os sons que entram em seus corpos dando-lhes vida. O intuito é de mostrar a música em imagens. Dançar é uma forma de esvaziamento, de perder-se, entregar-se, sonegar-se, uma encarnação da música que do ar transforma-se em movimento visível, é não somente uma experiência sonora, é muito mais que isso, pode-se dizer que é enriquecimento da visão, de todos os outros sentidos. A arte salva, é como ser levado vagarosamente à essência, ao belo, ao novo. A dança contemporânea apresenta ao público o ser humano em busca da perfeição, da sincronicidade, de significados. Essa arte é uma mostra de criatividade, experiência e sobretudo vontade de gerar reflexões sobre o espaço cultural e o que ele tem para nos oferecer. Criando esses universos inusitados, sensibiliza-se o público mostrando-lhes a importância da música no Brasil e na vida de muitos que sobrevivem por meio dela transformando a realidade dura em prazer e paixão.
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