Fale com Ela

Excelente filme que trata da suavidade e mistério na vida das mulheres. Essas que aparecem mudas no filme, são as protagonistas de uma história recheada de bondades inominadas. Dois homens que tentando a comunicação amam suas mulheres cada um da forma como conseguem. O enfermeiro que durante quatro anos se desfaz em carinhos e cuidados por sua amada em coma. Ela ali, imóvel, como um bebê, como uma boneca sem vida, ele ali, a amando sem sacrifício, lava seus cabelos, faz massagem em suas pernas, faz tudo para que ela continue com sua dignidade de ser humano. Ele conversa com ela como se ela estivesse totalmente atenta à sua fala. A música é algo especial no filme, algo que traz uma atmosfera de emotividade profunda. As conotações e metáforas mostram um mundo oculto feminino, o que as mulheres querem? Querem ser amadas, ouvidas, sentirem-se úteis. Elas querem esse amor incondicional, esse amor dado de uma forma prazerosa, uma forma muito além do ordinário. As mulheres existem para serem amadas. É assim que se resume um filme de uma sensibilidade sobrecomum em nossa época que insiste em tratar as mulheres muito menos como sujeito, sem dar a elas a honra de ser essa figura que ininteligível é muito mais do que o corpo, muito mais do que o físico, ela é essencialmente emoção a flor da pele, sonhos e desejos de felicidade. Ela é movida pela imaginação, pela poesia pela música. Esse filme exalta a beleza feminina de forma lúdica e inteligente. Traz a tona sentimentos que infiltram-se nos homens tornando-os mais cientes das relações que devem travar uns com os outros.
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