segunda-feira, novembro 07, 2005

Passeios Imaginários


Encontrei um escritor Nova Iorquino chamado Paul Auster. Alguns dos livros escritos por ele: Palácio da Lua, Leviatã, A arte da fome. Esse último descreve entrevistas e críticas feitas por esse admirável escritor. Pela entrevista dá para notar seu processo criativo, e o que percebo na imensa variedade dos escritores que conheço no decorrer do tempo, é que seus livros seguem determinada tendência, gênero, forma que ligam-se irremediavelmente às suas biografias e modos de pensar. Na entrevista Paul diz que é criticado por alguns por dizer que o que escreve não é literatura realista, o que pretende ser. Paul diz que tais críticos não devem viver então no mundo real já que esse mesmo lugar está cheio de surpresas cotidianas descritas nos seus livros, que tendem a ser uma mistura de realidade e ficção, sem ter uma linha como divisão desses dois lugares- comuns. O que me lembra um filme “walking life”, que trata sobre os sonhos e como é tênue a linha divisória entre o que é verdadeiro e o que não passa de sonho. Os livros de Paul Auster chamaram-me atenção, primeiramente, quando li uma crítica no jornal devido ao seu novo livro: Desvarios do Blockin. Como sigo a tendência contemporânea no meu gosto atual, procurei-o imediatamente como que com uma avidez incontrolável em busca de um alento. Na entrevista ele cita que seus livros tem sim muito de sua biografia, e que alguns acontecimentos dentro das histórias ligam-se à sua formação intelectual. Bem, mudando um pouco de assunto, ontem fui até a Caixa econômica federal em busca da contemplação do belo, ou seja, havia uma exposição de fotografia de grandes mestres franceses. Eu não poderia faltar. Me senti uma autêntica francesa indo conhecer um pouco de sua cidade perdida. Eu estava sozinha em um imenso salão cheio de fotos. Eu e as fotos parisienses. Li nas lugares ao lado das fotos: imersão em brometo de prata. As fotos são antigas. Chamou-me atenção as fotos de Cartier Bresson, fotógrafo reconhecido que fotografava cenas cotidianas. Uma sensibilidade faltante em nossa época insípida de beleza.