segunda-feira, novembro 17, 2008

O mundo nunca fica velho


Filhos de Nastenka


Era uma vez...



O livro de genesis é a história de começos, de inícios, de nascimentos, e quantos sinônimos de criação que podemos lembrar. Ultimamente tenho pensado muito nisso, de como iniciamos as coisas, e como o início é lindo. Porque em todos os inícios podemos ver que ali não encontramos nada pronto, ainda não há imperferições, tudo ainda é neutro e descansa no não. Como no inicio a terra era sem forma e vazia. Como uma massinha ela poderia ser moldada nas mãos de uma criança criativa, ela poderia assumir muitas formas, ela poderia começar. E houve a primeira palavra, haja luz, e houve luz. O que é lindo porque a luz veio como um clarão que deixa a escuridão de lado para ter a corajem de aparecer. E ali como um espetáculo a ser aguardado ansiosamente, as cortinas foram abertas, e as luzes mostraram o palco, e a primeira fala nasceu: Era uma vez...
Vivemos começando coisas. Elas estão aí como promessas, esperando que alguém as monte para terem vida. As idéias existem no reino da imaginação, e a primeira palavra que as expresse as tira de um lugar escondido, as tiram do anonimato, e elas iniciam no mundo concreto. No mundo ideal tudo existe no inicio, não há nada finalizado, nada totalmente pronto. E como é lindo isso. Porque ainda não existe final, ele só aparecerá muito tempo depois, e será um ponto de interrogação até que alguém queira responder a pergunta e diga: E haja fim. Até no fim há um começo. Tomei a conclusão que o fim já é um começo, porque é novo. E os começos são feitos de coisas novas, novos ciclos, como os da natureza, novas fontes. O mundo é uma criança, ele nunca fica velho, ele está sempre começando, isso que torna a vida tão extraordinária.
Eu estou começando, e nunca paro de nascer todos os dias.