Tentáculos Reais

(Budapeste)
Nos sonhos, ainda sentimento
Guardião de sorriso, fio de
Neblina, promessas empoleiradas de fadiga
Livros empoeirados de letras
Vencidas, em estrofes de amêndoas,
- e o incrível, logo ali, ainda ginga.
Estações desbotadas de folhas,
O mofo nos olhares,
As nuances de sombras,
Dedos eclesiásticos
Os homens não podem sair da teia líquida,
Das operetas de cetim,
Enclausurados
Em sempre
Estrábicos
De Sinestesia
Não querem sair,
Entretidos de faro
No real, não mais exaltação
A velocidade não
Ultrapassa suspiros
E a razão mais irracional,
A de não sentir,
Atola os pés dos infantes
Sem cavalos
Roncos de Maresia
A cabeça pende
Enquanto os muros de Noir cedem
Aterrada de existência
Há nada entre
Os espaços dos meus sonhos
As coisas velhas não têm pressa
O sol dói mais que a lua dentro de mim
Escura de Realidade
Urgentemente
Descanso meus pés
Na linha tênue
Do penhasco.
Nos sonhos, ainda sentimento
Guardião de sorriso, fio de
Neblina, promessas empoleiradas de fadiga
Livros empoeirados de letras
Vencidas, em estrofes de amêndoas,
- e o incrível, logo ali, ainda ginga.
Estações desbotadas de folhas,
O mofo nos olhares,
As nuances de sombras,
Dedos eclesiásticos
Os homens não podem sair da teia líquida,
Das operetas de cetim,
Enclausurados
Em sempre
Estrábicos
De Sinestesia
Não querem sair,
Entretidos de faro
No real, não mais exaltação
A velocidade não
Ultrapassa suspiros
E a razão mais irracional,
A de não sentir,
Atola os pés dos infantes
Sem cavalos
Roncos de Maresia
A cabeça pende
Enquanto os muros de Noir cedem
Aterrada de existência
Há nada entre
Os espaços dos meus sonhos
As coisas velhas não têm pressa
O sol dói mais que a lua dentro de mim
Escura de Realidade
Urgentemente
Descanso meus pés
Na linha tênue
Do penhasco.
(Carla Andrade)


