terça-feira, agosto 25, 2009

Noites Brancas


Lembrei do dia em que te conheci, olhei para você e sabia que em poucos dias iria reecontrá-lo. No último dia de um passeio, o encontrei. Não foi no primeiro dia, nem no segundo, mas no último jantar, no último momento. O que só torna ainda mais especial sua presença. Você me ofereceu ajuda no novo apartamento, me disse que havia voltado da Rússia a pouco tempo, me perguntou sobre o filme " Jornada da alma" e logo nos despedimos. Como esperava, logo nos encontramos outra vez, dessa vez para assistir uma ópera: O pescador e sua alma.
Era a primeira ópera que assistia, e o tema era uma história de Oscar Wilde.
Logo saíamos outra e outra vez. Encontramos semelhanças, e sua família, surpreendentemente ja era conhecida pelas pessoas do meu convívio.
Nossa primeira viagem foi à Pirinópolis, com nossos amigos, aproveitamos muito!
Você me ajudou a realizar um sonho, conhecer outro país, e ainda fiquei hospedada na casa de sua família! Conhecer Chicago, Nova Iorque, Niles...foi realmente maravilhoso!
Tantas histórias para contar, tanta vida em três anos. Passei três natais com você. Estava com você nas suas mudanças, três até agora. E você já está perto da quarta! Na sua formatura, nos seus aniversários. Assim como você também estava nos meus. Nos casamentos de nossos amigos, de parentes.
Você estava presente. E isso não tem preço.
Você me ajudou a dançar mesmo quando não havia música, você cantou para me acalmar, brincou para me fazer rir, me ajudou a crescer. Acreditou em mim.
Todas as vezes que você viajava, eu amava a sua volta!
Você me deu presentes, muitos livros, o primeiro do Charlie Brown, rosinha que foi o que eu mais gostei!
E eu te chamo de Churumelas, pois não achei palavra que poderia descrever o que você significa para mim. Então achei essa engraçada para dizer que você é isso: engraçado, amigo, companheiro.
Eu te amo muito!
Você fez minhas noites brancas, você prolongou a claridade do sol. E hoje quero dizer que amanheceu. O dia chegou.

Clarabóia

Clarabóia é uma pequena entrada de luz no teto de um edifício, geralmente sem janelas. É por onde entra a claridade no ambiente. Eu gostei muito da palavra "Clarabóia". È uma palavra diferente, e que remete ao pequeno feixe de luminosidade em que todo o ambiente se apóia. A esperança está ali, o lugar não tem aberturas, há somente uma, e é a que fica no teto, lá em cima, que força a olhar para cima. Lá podemos ver o sol, brilhante, as nuvens, o céu azul. De lá dá para ter uma idéia de como é lá fora, de como é a liberdade. Sonhamos com ela, e ela só pode ser encontrada fora das paredes do nosso esconderijo.
À noite podemos ver as estrelas, os astros, e contemplar a imensidão do universo, em toda a sua beleza. E podemos ver, que, com certeza, na escuridão, há um pequeno feixe de luz que nos mostra o caminho.